sexta-feira, 22 de junho de 2012
Frustração+20
A expectativa gerada pela Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, ficou longe de ser atendida. Os anseios de se chegar a resoluções concretas sobre o meio ambiente e o problema do aquecimento global foram barrados pelo não comparecimento de nações chave para o debate, como Estados Unidos, China, Rússia e Alemanha - grandes responsáveis pela emissão de poluentes e fundamentais na tentativa de reverter esta situação.
O significado dúbio da conferência está refletido no documento final da Rio+20. Bastante criticado pelos ambientalistas, que consideram tímidos os avanços na agenda do desenvolvimento sustentável, o texto segue postergando para o futuro as decisões mais importantes e não apresenta metas ou mesmo prazos.
E não era para menos. Mesmo com a grande mobilização em torno do evento, a ausência de lideranças das maiores potências mundiais inviabiliza a discussão. Minimizar o impacto ambiental, preparar o mundo para agir sob orientação verde - nada disso é eficaz enquanto as partes que transformam o documento em política concreta se abstêm da responsabilidade.
A Rio+20 termina sem alcançar o objetivo esperado. Com rumos vagos, sem planejamento e sem adesões primordiais, as almejadas ações continuam apenas no patamar de intenções, permanecendo a preocupação ambiental no discurso de quem propõe, mas não tem poder de resolver.
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