Na tribuna - 07/10/2015
Além de não estar cumprindo o combinado com quem a elegeu, que foi o povo, parece que a presidente Dilma também não tem tratado algum com a sua base no Congresso, nem ao menos com os beneficiados com ministérios após a última reforma empreendida pelo governo. Isso foi o que transpareceu na vergonhosa sessão de ontem na Câmara dos Deputados, que foi esvaziada para não votar os vetos da chamada "pauta-bomba".
A expressão "pauta-bomba", para começar, é como eles chamam agora as questões que interessam ao trabalhador e que antes sempre defenderam. Agora, que colocam o trabalhador na corda-bamba, discutir essa pauta implica em um inevitável desgaste da própria credibilidade.
Enquanto aplica um enxugamento de ministérios, que não deixa de beneficiar seus aliados políticos, o governo mantém o principal fio indutor da crise que atinge o bolso do trabalhador: uma política econômica que só serve ao sistema financeiro e beneficia os banqueiros. O Brasil não quer mais aumento de juros e de impostos. O Brasil quer política para a pequena e média empresa, que têm sustentado a geração de empregos no Brasil.
O governo não vai comprar popularidade renegociando ministérios. Pelo visto, nem mesmo entre os próprios aliados. Prova disso foi a sessão esvaziada ontem no Congresso, que revelou um racha monstruoso e total falta de coesão.
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